A ROLETA RUSSA COM AS DROGAS PSICOTRÓPICAS

Nikolas Cruz era conhecido como tomar regularmente a sua medicação psiquiátrica antes de matar 17 alunos na sua antiga escola em Parkland, Florida.
Tiroteios em massa são manchetes nos jornais e no entanto as drogas psiquiátricas por detrás de muitos estão visivelmente ausentes nos artigos.

Embora possa haver muitas explicações dadas pelos atos insensatos de violência, eles continuam sem parar. Um novo relatório divulgado pela CCHR Internacional lança uma luz sobre um denominador comum em muitos tiroteios em massa: as drogas psicotrópicas.

Com milhões de pessoas a tomar estas drogas, claramente nem toda a gente irá experimentar reações violentas. Mas o que os avisos de agências reguladoras confirmam é que uma percentagem da população irá experimentar. Como os documentos do relatório da CCHR, quase 410 advertências sobre psicotrópicos, 27 avisando da violência, mania, psicose, hostilidade, agressão ou ideias homicidas e 49 de automutilação ou suicídio ou pensamentos suicidas.

Um dos principais psicofarmacologista salientou que cerca de 5% daqueles que tomam antidepressivos em ensaios clínicos desistiram devido ao aumento de agitação mental e/ou física. Se 5% dos 41 milhões de americanos a tomar antidepressivos tivessem que sentir uma experiência de aumento na agitação mental e/ou física, isso é igual a 2,05 milhões de pessoas só nos EUA. Quantos poderiam tornar‑se tão agitados que se tornariam violentos?

Talvez não seja coincidência que os atos de violência e suicídio continuam a aumentar rapidamente com o aumento na prescrição de drogas psicotrópicas. Este é um caso de jogar à roleta Russa com a vida das pessoas.

Não é exigido aos agentes da autoridade que investiguem ou relatem sobre as drogas prescritas ligadas à violência e os meios de comunicação raramente colocariam a questão. Daqueles com dados médicos disponíveis, num período de três décadas havia 65 atos de violência de alto perfil sem sentido confirmado como cometidos por indivíduos a tomar ou retirar‑se de drogas psiquiátricas, resultando em 357 mortos e outros 336 feridos. Isto incluiu pelo menos 36 tiroteios nas escolas e/ou atos de violência.

O infame cabecilha da Escola Columbine, Eric Harris, estava a tomar o antidepressivo Luvox quando ele e um amigo mataram 13 pessoas. Nikolas Cruz, matando 17 na Escola Secundária Marjory Stoneman Douglas, recebeu tratamento no instituto de Saúde Comportamental Henderson e um relatório de 2016 anotava que Cruz tomava a medicação regularmente. Stephen Paddock que matou a tiro 58 pessoas num festival de música country em Las Vegas no dia 1 de outubro de 2017, estava no sedativo hipnótico Valium.

Interesses instalados continuam a defender o uso destas drogas, como a indústria farmacêutica de psicotrópicos que lucra 35 mil milhões de dólares em média num ano, só nos EUA. As drogas antipsicóticas sozinhas dão à rede global da indústria farmacêutica pelo menos 14,6 mil milhões de dólares anualmente. É possível que este interesse esteja a impedir uma investigação completa destas ligações, apesar da solicitação para tal desde o massacre da Escola Secundária de Columbine em 1999?

Talvez não seja coincidência que os atos de violência e suicídio continuam a aumentar rapidamente com o aumento na prescrição de drogas psicotrópicas.

No seu artigo de 1999, “Armas e Doses”, a ex‑Congrassional e vencedora do prémio de jornalista, Kelly Patricia O’Meara declarou: “Embora a lista de crianças em idade escolar que passaram por fúrias violentas está a crescer a uma velocidade perturbadora — poucos da comunidade da saúde mental estavam dispostos a falar sobre a possibilidade de que a elevada prescrição de drogas e a violência possam estar ligadas.” Tais drogas eram o denominador comum entre os casos dos atiradores em escolas que ela citou.

Em resposta, depois o Representante do Estado do Colorado, Penn Pfiffner presidiu uma audiência para abordar a ligação entre o comportamento violento e as drogas psicotrópicas. Ele notou: “Há demasiadas coincidências e opiniões profissionais suficientes de cientistas legítimos para levarmos a questão e fazermos mais perguntas.”


ACABAR COM O ABUSO PSIQUIÁTRICO

Como um vigilante da saúde mental sem fins lucrativos, a CCHR depende das filiações e donativos para levar adiante a sua missão de erradicar as violações dos direitos humanos por parte dos psiquiatras e limpar o campo da saúde mental. Para se tornar parte do maior movimento mundial para a mudança da saúde mental, une‑se ao grupo que ajudou a promulgar mais de 180 leis para proteger os cidadãos das práticas psiquiátricas abusivas.

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