UM OLHAR SOBRE CINCO DÉCADAS DE VITÓRIAS

Um protesto da CCHR na Escócia
Jan Eastgate, Rev. Fred Shaw e Rev. Alfreddie Johnson com o Bispo Desmond Tutu na África do Sul
A CCHR expõe o Tratamento do Sono Profundo
Um protesto da CCHR na Escócia (acima); Jan Eastgate, Rev. Fred Shaw e Rev. Alfreddie Johnson com o Bispo Desmond Tutu na África do Sul (abaixo, à esquerda); a CCHR expõe o Tratamento do Sono Profundo (abaixo, à direita).
Para dar uma ideia do trabalho que a CCHR faz, olhamos para algumas das muitas realizações da CCHR nos seus primeiros 50 anos.

Após a sua fundação em 1969, o primeiro caso de abuso da CCHR foi o refugiado húngaro Victor Gyory que foi detido involuntariamente no Hospital Estatal de Haverford, na Pensilvânia, após psiquiatras terem diagnosticado o seu “balbuciar em línguas” como “esquizofrenia”. Ele foi drogado e eletrocutado contra a sua vontade. A CCHR apresentou um mandado de habeas corpus, o Dr. Szasz testemunhou que o “balbuciar” de Gyory era ele a falar em húngaro e a CCHR garantiu a libertação de Gyory do hospital.

No apartheid da África do Sul nos anos 70, a CCHR expôs psiquiatras que encarceravam 10 000 negros, usando‑os como mão‑de‑obra escrava enquanto os eletrocutavam sem anestesia. A CCHR relatou‑os à Organização Mundial de Saúde, que investigou os campos e emitiu um relatório em 1983 afirmando que “em nenhum outro campo médico […] a desonra da pessoa cultivada pelo racismo, é mais precisamente retratada do que na psiquiatria”.

Após a queda do apartheid, a CCHR obteve um inquérito nacional sobre o racismo psiquiátrico e apresentou um testemunho à Comissão de Verdade e Reconciliação da África do Sul com uma história dos estudos de saúde mental que ajudou a consolidar e perpetuar o apartheid e o papel da psiquiatria no abuso do apartheid.

Durante uma década, a CCHR investigou e expôs o Tratamento do Sono Profundo (DST) no Hospital Psiquiátrico Privado Chelmsford em Sydney, Austrália. Os doentes ficaram inconscientes com drogas e levaram choques elétricos todos os dias — 48 pessoas morreram. O resultado foi a proibição do procedimento e um processo criminal para psiquiatras que usam DST.

Depois da CCHR ter exposto as condições desumanas em asilos italianos, 97 deles foram encerrados e os pacientes resgatados.

Em 1991, a CCHR ajudou a obter audiências da FDA sobre antidepressivos e o seu envolvimento em reações suicidas e homicidas em consumidores. A FDA emitiu uma caixa preta estrita alertando que estas drogas podem causar pensamentos e ações suicidas a menores de 24 anos.

Em 2004, a CCHR estava entre aqueles que obtiveram uma lei de Proteção de Medicação a Crianças dos EUA que proibia as escolas de forçar as crianças de tomar drogas psicotrópicas prescritas como um requisito para a sua escolaridade.

Na Alemanha, a CCHR investigou e expôs o papel dos psiquiatras na eutanásia e no Holocausto. Em 2010, o Dr. Frank Schneider, Presidente da Associação Alemã de Psiquiatria, Psicoterapia e Psicossomática, escreveu um pedido de desculpas e confessou que os psiquiatras alemães “mentiram e enganaram os pacientes ao seu cuidado e as suas famílias. Forçaram‑nos a serem esterilizados, organizaram as suas mortes e realizaram‑nas. Eles também assassinaram física e mentalmente crianças deficientes em cerca de 30 hospitais pediátricos e psiquiátricos.”

“Em nenhum outro campo médico […] é a desonra da pessoa cultivada pelo racismo, mais precisamente retratado do que na psiquiatria.”

Em 2018, depois de a CCHR ter trabalhado durante anos com as Nações Unidas num esforço para proibir o uso de coerção na psiquiatria, o Conselho de Direitos Humanos da ONU emitiu uma resolução que incluía que “as políticas que permitem o uso de coerção e intervenção forçada […] são revogadas” e que “Os Estados devem reestruturar e reconhecer estas práticas como constituindo tortura”.

Durante os últimos 30 anos, a CCHR investigou fraudes psiquiátricas, tais como a faturação do seu abuso sexual de doentes como “terapia”. A CCHR ajudou a garantir 28 leis que tornam o abuso sexual de doentes por parte de profissionais de saúde mental um crime punível por prisão.

Quase 200 leis e inúmeros regulamentos que protegem os direitos humanos no campo da saúde mental são testemunho da paixão e perseverança dos membros, parceiros e apoiantes da CCHR.


PÔR UM FIM AO ABUSO

Como um vigilante da saúde mental sem fins lucrativos, a CCHR depende das filiações e donativos para levar adiante a sua missão de erradicar as violações dos direitos humanos por parte dos psiquiatras e limpar o campo da saúde mental. Para se tornar parte do maior movimento mundial para a mudança da saúde mental, una‑se ao grupo que ajudou a promulgar mais de 180 leis para proteger os cidadãos das práticas psiquiátricas abusivas.

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